quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Crónica de duas estranhas demissões

A agência Lusa anuncia que Paulo Machado, diretor-geral da Administração Interna, Paulo Machado, e o diretor da Administração Eleitoral, Jorge Miguéis, tinham pedido a demissão.
De imediato, a TSF fala com Jorge Miguéis que nega, rematando que essa hipótese "não fazia sentido nenhum" e que aguardava pela conclusão do inquérito.
Minutos depois desta conversa, a assessoria do Ministério da Administração Interna fazia chegar um comunicado às redações dando conta que o "director-geral da Administração Interna, Professor Paulo Machado, e o director da Administração Eleitoral, Dr. Jorge Miguéis, apresentaram o pedido de demissão na sequência dos factos ocorridos no acto eleitoral de 23 de Janeiro de 2011".
Ou seja, Jorge Miguéis tinha pedido a demissão, mas não sabia.
Ou então, foi nomeado voluntário para sair e a comunicação social soube primeiro.
Ou isto tudo não faz sentido nenhum.

Nota: Apesar deste Governo ter assinado o Acordo Ortográfico, os assessores do mesmo Governo continuam sem saber o que isso significa.

domingo, 23 de janeiro de 2011

A Madeira não esquece o "senhor Silva"

Se fosse pela Madeira, Cavaco Silva não conseguiria ser reeleito à primeira volta. E José Manuel Coelho fica em segundo lugar.

A instabilidade mora ao lado

José Sócrates confessou o que lhe sempre esteve na alma: "Os portugueses optaram pela estabilidade política".

Não foi precisa, Fernando Nobre não chega mesmo a Belém


Um dos derrotados da noite

Francisco Louçã diz que houve uma "aliança popular" que se juntou para levar Manuel Alegre à segunda volta. Uma aliança popular contra "a especulação e a ganância". Não são precisamente estas críticas que Louçã e o Bloco de Esquerda fazem aos parceiros da tal "Aliança Popular", ou seja, José Sócrates e o PS?

Entre a vitória, a derrota e o alívio

Alguns socialistas sentem-se derrotados com estas eleições. Muitos - entre eles, dirigentes nacionais do PS - festejam os resultados. A maioria respira de alívio.

Democracia clara

Para se validar um referendo, é necessário que mais de 50 por cento vote. Para se eleger um presidente da República, basta alguém ir votar. Até podia haver uma abstenção de 99,9 por cento.

Criatura ultrapassou o criador*

Se as projecções das televisões estiverem correctas, nestas eleições presidenciais, já se pode concluir que o criatura ultrapassou o criador (não é sempre assim?). Fernando Nobre deverá ter maior percentagem do que... Mário Soares. Resta saber se também terá mais votos, de facto.
*Primeira conclusão "roubada" a uma amiga

sábado, 15 de janeiro de 2011

Um nobre "genocídio"

No tempo de antena da sua campanha, Fernando Nobre esclarece que, se for eleito Presidente da República, vai defender a língua portuguesa falada por "200 milhões de pessoas". Ora, o Brasil, de acordo com o censos de 2010, tem 190 732 694 habitantes. Se juntarmos as populações de Portugal (mais emigrantes), Angola, Moçambique, São Tomé e Princípe, Cabo Verde, Guiné-Bissau, alguma de Macau, pode-se concluir que Fernando Nobre fez desaparecer quase 50 milhões de pessoas.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Evidentemente, poderá não ser óbvio

Quando Barack Obama decidiu candidatar-se à presidência dos EUA, enfrentou um dilema: se, tal como tinha acontecido com os outros candidatos negros, em especial Jesse Jackson, destacaria, ou não, as questões raciais no seu discurso. A dúvida, entre outras plausíveis razões, ficou definitivamente resolvida com um conselho de um dos seus assessores:

"Não vale a pena a falar da raça. Não é preciso realçar o que já é óbvio".

Este sábio conselho vem a propósito da entrevista de Cavaco Silva à RTP. Em pouco mais de 20 minutos, o presidente/candidato disse quatro vezes que defendia "o rigor", ora sobre as contas públicas, ora sobre a venda das acções da SLN. E ainda voltou a dizer que era "rigoroso". E isto tudo depois de ter desafiado alguém a nascer duas vezes para ser mais honesto do que ele.
Cavaco Silva deve estar a precisar de assessores "à Obama". Se há quase 30 anos defende que é "rigoroso", fazendo disso mesmo uma bandeira, já não deveria estar na cara? Ou ainda não é assim tão óbvio?

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Aviso

A partir de hoje, andarei na estrada com Manuel Alegre. Quem quiser pode ler-me aqui. Prometo regresso a 24.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

TENHO UM ADOLESCENTE EM CASA...e não sabia!

Uma das minhas primeiras tarefas do ano é tratar do cartão de cidadão do meu filho. Obrigatório para todas as crianças a partir do mês de Fevereiro. Liguei para marcar dia e hora , para conferir os documentos necessários e , já no fim, por descargo quis confirmar o valor a pagar: 7,50 julgava eu, depois de escutar o Exmo. secretário de estado José Magalhães a debitar este número( era grátis) justificando a necessidade do pagamento com a inefável crise. Mas não. Idade da criança? perguntam-me. 8 anos, respondo. Então são 15 euros. Desculpe? 7,5 é só até aos 6 anos. A conversa terminou aqui porque a senhora do call center fez o seu trabalho.
Mas desculpem-me lá o desabafo. Então a criança de 8 anos, que por acaso é a minha, já não é criança aos 8 anos . Para efeitos de pagamento a criança deixa de ser criança aos 6 anos. Para efeitos de MAIS pagamento, entenda-se. Já tenho portanto um adolescente em casa, um adulto porque não? Paga como tal.
Nem é pelo dinheiro, quer dizer, também é mas o que aborrece mesmo é o engano.

Depois o Estado e o Ps que não se queixem do que se vai dizendo sobre a mensagem que passam. Passam mal enganando o cidadão. Dizia José Magalhães, o ano passado no Parlamento, perante as críticas da oposição( por causa do fim da gratuitidade da emissão do documento para as crianças) que tinha de ser e tal e que afinal o valor, os tais 7,5 correspondiam a metade do valor de um pacote de fraldas.
Pois eu que já tinha largado as fraldas vai para uns anos volto agora a pagar mais um pacotinho. Inteiro!
E não consigo entender a lógica de uma criança deixar de o ser aos 8 anos de idade

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

O ano começa a chicote


Os bilhetes dos eléctricos lisboetas, comprados a bordo, aumentaram de 1,45 euros para os 2,50 (como diz a minha mãe, são 500 escudos). O aumento é de apenas 72 p0r cento. Coisa pouca, portanto.